Pernambuco : Civilização do Açúcar
Conhecer a Civilização do Açúcar, em terras do nordeste brasileiro, famosas pela excelência e beleza de suas praias, é ir alem do cotidiano, conhecendo algo diferente.
É, ter a possibilidade, de vivenciar, intimamente as verdades de um povo e de seus alicerces, sobre o qual se edificou uma sociedade e um povo de uma terra chamada Brasil.
Já dizia o grande, mestre Gilberto Freyre, sem açúcar não se entende o Nordeste, berço brasileiro, por isso em nossa viagem, vamos viver esta historia do nordeste açucareiro, que não se restringira apenas a visitar áreas de cultivo da cana, mas sim, adentrar pelo interior, conhecer belas paisagens, ter como anfitrião gente hospitaleira, preparada para bem receber.
Degustar e apreciar uma gastronomia peculiar, variada que vai de frutos do mar a bode e ao bolo de rolo que enche os nossos olhos e desperta nossa gula.
Andar a cavalo, passando por engenhos e seus canaviais certamente é um momento inesquecível. Venha viver esta experiência
DATAS (sujeitas a confirmaÇÃo)
Produção de Açúcar: 01/03/2023 a 07/03/2023
TARIFA
R$535,00 dia / apartamento duplo
Apartamento individual acréscimo 20%
(grupo mínimo de 5 pessoas)
Pacotes individuias consulte nosso atendimento
DURAÇÃO
A programação pode ser de 3, 7 até 10 dias, dependendo de disponibilidade do grupo (consulte programação detalhada)
OUTRAS INFORMAÇÕES
Todos os Pacotes: Seguro Brasil Rural
Incluí: Transfer , hospedagem com pensão completa nas áreas rurais e acompanhamento de guia Valores sem Bilhetes Aéreos
Consulte Tarifas Individuais e Disponibilidade de Novas Datas
Roteiros
1º dia - Aeroporto – Olinda
Foi em Pernambuco que tudo começou, o cultivo da cana formou as raízes do povo. Por isso, a porta de entrada de nosso circuito a civilização do açúcar é o Aeroporto Internacional de Recife, mas, nosso destino é Olinda.
Em Olinda cidade declarada patrimônio histórico e cultural da humanidade pela UNESCO, é possível respirar singularidades históricas e artísticas provenientes dos povos que nasceram nos canaviais.
Nosso destino escolhido para o descanso inicial é uma pousada de charme, como é toda Olinda. Pitoresca, e repleta de pequenos detalhes e mimos que resumem o bom gosto e o bem receber deste povo.
Convidamos a todos para um encontro marcado com os proprietários da pousada, apreciadores da boa culinária e conhecedor das delicias gastronômicas e com historiadores locais que juntos nos introduziram ao mundo do açúcar em um bate papo informal, mas plenamente informativo que nos permitira sentir um pouco o cheiro da cana, mel e do melaço impregnado no ar.
Um jantar fugaz e trivial, mas repleto de regionalidade, dos sabores locais nos introduzirão em nossa viagem e nos prepararão para um dia de conhecimento, vivencia e experiências.
2º dia - Olinda e Recife
Sairemos com o destino civilização do açúcar, mas, nos engenhos urbanos de Recife que nos dias atuais procuram contar o passado em uma lógica do presente.
A oficina de cerâmica Brennand, um dos grandes artistas plásticos do século XXI, já foi um engenho e sua moita foi reaproveitada para ser seu ateliê, por isso nosso primeiro destino do Recife Urbano com ares de Ruralidade.
Outros engenhos na região metropolitana e Mercados Típicos são destinos imperdíveis, alem dos tradicionais passeios que mostram múltiplas culturas e facetas como a formação de grupos dos cristãos-novos, retornados, e judeus vindos com os holandeses entre outros.
Um almoço típico pernambucano com doces são momentos de brinde deste passeio O museu do homem do nordeste e retorno para conhecer Olinda finaliza nosso rico dia de experiencias.
A noite, o costume regional e comer um caldinho para abrir o apetite e se embebedar em lagosta com creme de coco e bolo de rolo de sobremesa pode ser uma opção de jantar ou também de “manjar dos deuses” em Olinda. Dos deuses do açúcar e do melado.
Um passeio leve a pé visitando os muitos ateliês nas estreitas ladeiras e ruas da cidade alta com tranqüilidade e segurança nos permitira um bom descanso necessário para nosso próximo dia.
3º dia - Olinda – Itambé (Casa de Campo)
Saímos em direção da Zona de Mata, bioma ideal para a cultura canavieira, onde nasceu a civilização do ouro branco, é voltar as origens de um povo, com seu vasto legado, banhado pelo açúcar mascavo, rapadura, cachaça e álcool e todo um elenco de doces únicos regionais.
Nosso destino será o município de Itambé que fica localizado no extremo do Estado de Pernambuco fazendo divisa com a Paraíba, outro Estado, que a civilização do açúcar alcançou seu ápice.
O caminho é repleto de belas paisagens entre o mar e a mata Nossa passagem por Igarassu ma vila a uns 30 km, marca o inicio de nossa incursão pelo mundo do ouro branco. Começo especial, pois o primeiro porto natural de açúcar que deu o início a todo o complexo açucareiro do Brasil será o batismo de nossa identidade. Uma passagem rápida mas, intensa nos permite vivenciar a atmosfera do açúcar, que reina até os dias atuais lembrando o passado das primeiras famílias tradicionais produtoras.
Adentrando pelo interior, chegamos a Goiana. Localidade que o tempo não passou. Boa parte das casas do Centro se mantém preservada algumas desde o período colonial. Em Goiana uma das principais histórica de Pernambuco, seus inúmeros monumentos históricos religiosos, além do artesanato que tem destaque com a produção de peças feitas em cerâmica, que ilustram cangaceiros, santos e outros personagens que compõem o imaginário nordestino.
Nossa parada prevista é o típico Restaurante Buraco da Gia, mais de 50 anos de tradição, a procura de temperos, sabores e textura da culinária ofertada no guaiamum um tipo de caranguejo e com um aperitivo único, um inusitado show de crustáceos gigantes adestrados que fazem firulas inusitadas para nós visitantes.
Um passeio a pé pelo centro da cidade nos introduz ao universo dos engenhos e das famílias de açúcar, que vivenciaremos de fato nos engenhos regionais, um belo conjunto arquitetônico do século XVII formado por casa grande, capela e senzala.
Neste a sétima geração da família nos brinda com um engenho secular de inestimável valor histórico e cultural alem de poder vivenciar um pouco a riqueza cultural da cultura das danças populares pernambucanas.
Nosso destino final deste dia de imersão ao mundo da civilização do açúcar será Itambé, em terras do Engenho Angico, mais de 300 anos de história, onde fica situado a fazenda de lazer , nosso pouso. Fazenda em plena atividade produtiva, com plantações de cana de açúcar mandioca, além de pecuária e aves de capoeira.
O carinho, a alegria dos proprietários sem dúvida e o ponto forte de nossa hospedagem. A hospitalidade nos permite sentir voltar ao passado quando os viajantes eram tratados como reis pelas tradicionais famílias produtoras de açúcar, pois estes eram aqueles que vinha comprar, comercializar e levar seu ouro branco para o mundo. Por isso bem atendido, com todas as riquezas, e prestezas das tradicionais famílias de origem portuguesa e holandesa, colonizadores destas sesmarias.
No jantar além da degustação de uma cachaça artesanal para abrir o apetite para o delicioso almoço da rica culinária local, carneiro assado, carne de boi e frango acompanhado de feijão verde, farofa de mandioca, saladas diversas, Os doces de melancia, de jaca, de banana são irresistíveis.
4º dia - Itambé – Areias e Alagoa Grande e Itambé
Um sono revitalizante, é imprescindível para apreciarmos todos os momentos, desta imersão ao nosso universo rural.
O acordar em terras de Pernambuco, é sentir o cheiro do café, da fazenda coado na hora, o queijo coalho com mel na chapa o ovo mexido e muito mais apresentado em uma mesa imensa decorada, pela proprietária com flores e frutos da estação.
Esta nos recebe seus visitantes, como amigos com um sorriso de bom dia e pronta para explicar todos os detalhes e minúcias da quituteria típica servida pela manhã. Certamente o pressagio para o novo dia que vamos ter nosso segundo dia no mundo do açúcar, no interior do nordeste deste grande Brasil.
Este é um dia especial que permite a experiência à cavalo por engenhos e seus canaviais. Para os entendedores da arte de andar à cavalo, saída ao amanhecer para aproveitar intensamente esta experiência com paradas e piquiniques na serra. Para os iniciantes, porém com vontade de ir além, começo de adaptação no redondel para escolha do cavalo que mais se adapta e respeita o seu cavaleiro e depois este grupo se encontra com os madrugadores no piquenique.
Chegada a casa de campo é no começo da tarde com descanso merecido à todos. Depois nossa saída em direção a civilização do açúcar no estado da Paraíba para apreciarmos um jarntar que tem a cachaça o ponto alto.
O caminho é extremamente rural, vales muito verdes, pequenas vilas e um ceu a perder de vista nos acompanham em todo nosso trajeto. Neste a ruralidade, esta marcada em cada curva de nossa estrada de interior, quando sempre podemos encontrar vacas e bezerros pastando ao longo da estrada.
A chegada em um dos principais engenhos de Alagoa Grande e uma surpresa, pois sua terra fértil logo deu frutos da cana veio o açúcar o mel e a rapadura que se cristalizou por gerações nos engenhos bangüê que permeiam a cultura canavieira por quatro séculos ate serem substituídos pelas usinas.
Uma verdadeira aula ao vivo sobre a historia do Brasil, uma aula interativa e prazerosa que deixara a sensação de voltar ao tempo, quando no século dezenove em maquinaria simplória, mas com perfeito clima e terra roxa para a plantação as atividades tiveram seu inicio.
Hoje, a sexta geração que investiu na qualidade e por isso produz como diz o dito popular “ uma cachaça mais badalada que beira de chocalho” e mais fina bebida, 4 anos envelhecida só em barril de carvalho abriu para visitação a toda a sua produção e a degustação de uma das melhores cachaças do Brasil.
Este tira gosto, nos leva ao restaurante na antiga casa de farinha do engenho que nos oferece almoço especial com o sabor da comida nordestina com suas especialidades galinha de capoeira, carne de sol e a famosa costelinha de cabrito na cachaça como especialidade.
Depois de um fausto jantar nosso caminho de volta
5º dia - Itambé – Areias e Alagoa Grande e Itambé
Vamos embora de Itambé e deixamos para trás também a Paraíba, adentramos ao mais rural de nosso roteiro e iremos a direção da Mata Sul e ao Litoral Sul uma nova fase da Civilização do Açúcar agora na direção de Alagoas o terceiro estado, outra capitania hereditária do passado que fechou o triangulo de produção da historia do açúcar no nordeste do Brasil.
Mas este caminho do hoje de transição vai a direção a Vicência que tem a tradição do bem receber desde a época de tropeiros, quando Dona Vicência Barbosa de Melo lendária mulher nordestina, que viveu no século XVII, abria seu rancho para descanso, troca de mercadoria e ponto de encontro.
O município abriga um conjunto de 51 propriedades atualmente denominadas “ Engenho de Fogo Morto” porque não moem mais e vamos, em direção, a um dos mais antigos e imponente da região, que possui um belíssimo conjunto arquitetônico formado pela Casa Grande, assobradada é a única remanescente do século XVII em Pernambuco, Capela e Moita.
Mas como estamos em um interior do Brasil, com estradas pequenas e caminhos tortuosos merecemos dar uma parada no Engenho Água Doce, cachaçaria Artesanal, onde se conhece a história da cana de açúcar até a produção da rapadura, mel, açúcar mascavo chegando a degustação da famosa cachaça Pernambucana para abrir o apetite.
A chegada ao nosso próximo ponto de parada, localizado no município de Nazaré da Mata, no acesso ao município de Buenos Aires nos indica que adentramos mais ao interior ainda.
Entre mesas fidalgas e tabuleiros, encontra-se a culinária que evidencia a civilização do açúcar. Um banquete de pamonha canjica, munguza, coalhada, iogurte caseiros, queijo de coalho e manteiga paes e biscoitos, tapioca, beiju, amanteigado artesanal, café bem passado bolos de mandioca barra branca, bolo de rolo mandioca e carne seca, galinha caipira guisada e claro uma cachaça de alambique.
Mas estamos em Nazaré da Mata, terra do Maracatu Rural,ou também conhecido como Maracatu do Baque Solto, danças e festejos que conta a saga dos plantadores de cana-de-açúcar. Por isso enquanto de nosso almoço poderemos conhecer as danças e contos dos enigmáticos caboclos-de-lança, que fazem a festa balançam seus chocalhos pelas ruas, exibem suas cabeleiras multicoloridas de um Brasil único.
Saímos deste pouso, com uma mensagem deixada pelos nossos anfitriões “ Que nesta pousada você se sinta confortável e feliz. Este encontro foi preparado com muito carinho. Aproveite cada momento, cada oportunidade e mergulhe fundo. Atreva- se a ser diferente”.
Nestes dias que passaram a gastronomia de todos os sabores típicos nos acompanhou mostrando que esta e uma das facetas de nossa civilização do açúcar e não podemos deixar de passar no Engenho Morenos berço do bolo de rolo e passagem de nosso caminho.
Mas, nosso destino Litoral Sul na praia de Tamandaré passando por Cabo de Santo Agostinho e Porto de Galinhas.
6º dia - Litoral Sul
Para descansar desta jornada, andar na praia e conhecer areia branca, mar transparente e muito coqueiro como um convite para o descanso merecido após esta visitação ao mundo rural da civilização do açúcar.
7º dia - Litoral Sul
Só nos resta voltar a capital com destino ao aeroporto de Recife. Uma proposta de levar na bagagem toda e informação e experiência vividas por poucos de conhecer um Brasil que poucos conhecem. Nossa próxima parada poderia ser a Holanda e la fazer uma retrospectiva de tudo que aconteceu após o rico ouro branco embarcar nos portos e chegar ao velho continente gerando riqueza inigualável.
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